A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica, progressiva e provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico confunde as células saudáveis da bainha de mielina que recobre os neurônios como “células invasoras” e começa a atacá-las, afetando o cérebro, olhos e medula espinhal.
Causas e Sintomas
A causa envolve predisposição genética (genes que regulam o sistema imunológico), fatores ambientais, infecções virais (vírus Epstein Barr), exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente, exposição ao tabagismo e obesidade (principalmente na adolescência).
Em 80% a 85% dos pacientes os sintomas aparecem e desaparecem em aproximadamente 1 semana. Para o sintoma ser atribuído a Esclerose Múltipla é necessário que ele dure pelo menos 24hrs e que não seja acompanhado ou devido a alguma infecção ou febre. Os principais são:
- Fraqueza ou cansaço;
- Dormências ou formigamentos, nevralgia do trigêmeo;
- Visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, embaçamento ou perda visual, visão dupla;
- Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
- Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
- Dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
- Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações;
- Alterações de humor, depressão e ansiedade.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da esclerose múltipla são utilizados os Critérios de McDonald de 2017, que considera vários aspectos clínicos e de imagem (ressonância magnética e exames de sangue), associado a análise do líquor com a pesquisa de biomarcadores específicos.
Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar a longo prazo o curso natural da esclerose múltipla – reduzindo o número de surtos, lesões e sequelas neurológicas.
Tratamento
A Esclerose Múltipla é uma doença que não tem cura, mas ela pode ser controlada. O tratamento tem dois objetivos principais: reduzir o número de surtos e o acúmulo da incapacidade. Atualmente existem diversos medicamentos que auxiliam no tratamento, conhecidos como Terapias Modificadoras da Doença (TMD). O tratamento escolhido vai depender principalmente da característica da doença.
Associado ao tratamento medicamentoso, é importante também um tratamento multidisciplinar, como: fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional e apoio psicológico